terça-feira, 19 de agosto de 2014

Não importa o que fizeram com você



Boa noite galera,


Bom mesmo é o que diz Sartre

“Não importa o que fizeram com você, o que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.

Vamos aproveitar a maldade que nos fazem e plantemos nosso jardim.
Sem jardim não tem primavera, nem tem flores...
As folhas não forram nossas calçadas,
Tudo foge de mim como as borboletas fogem do capim.
Tem momentos que sou assim, meio longe e meio sem fim,

Momentos que parecem o fundo da caverna,
Onde me escondo e não quero nada daqui nem dali,
Quero a solidão das palavras e o murmúrio da boca fechada,
Nem sempre o ideal é ficar ao meu lado...
A revolta pode se revoltar contra você, fique longe de mim,
Não quero sentir a salvação nesse momento, o ódio tomou conta de tudo.

À distância me distancia do que quero que não fique a distância,
Não quero explicar nada a ninguém nem peço que ninguém me explique nada,
Tem coisas que não precisam de palavras, só do silêncio conveniente...
Viver sem propósito é fugir da responsabilidade que o universo me propôs,
E propor na covardia que nada aconteça que me tire da caminhada,
É querer que tudo seja desigual ao meu destino, que tudo fuja ao que é certo.
Sem mais apreço, não tenho mais interesse no seu preço,
Não preciso mais que me reconheça, minha presença não é mais a preferida.
Estou certo que a vida cobra muito mais caro do que quero pagar,
Ou do que posso pagar sem ao menos saber se tenho o valor,

Muita revolta nem sempre precisa de um motivo aparente.
Só quer mostrar que preciso agir de alguma forma diferente,
Que quer ser ouvido, reconhecido, restabelecido.

Só quer que eu  viva mais em mais corações dispersos.
Que eu seja grande dentro da minha pequenez,
Seja gigante diante da minha inutilidade e insensatez,
Meu mundo tem que ser menos imundo e mais sobre o mundo,

Tento ser alguém numa sociedade que não reconhece a ninguém,
Tento ser e só consigo pensar em ter... Mais e sempre muito mais.
Pode esperar que minha  guerra só começou,
Não adianta se dissipar, do velho sonho quero despertar,
Sem magoas quero a paz encontrar,
E sem dizer nada não tenho tempo para acabar...
Acabou.


Até a próxima,

Carlos de Carvalho- 20/06/2014