sábado, 13 de junho de 2015


“Não importa o que fizeram com você, o que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.

Vamos aproveitar a maldade que nos fazem e plantemos nosso jardim.
Sem jardim não tem primavera, nem tem flores...
As folhas não forram nossas calçadas,
Tudo foge de mim como as borboletas fogem do capim.
Tem momentos que sou assim, meio longe e meio sem fim,
Momentos que parecem o fundo da caverna,
Onde me escondo e não quero nada daqui nem dali,
Quero a solidão das palavras e o murmúrio da boca fechada,
Nem sempre o ideal é ficar ao meu lado...
A revolta pode se revoltar contra você, fique longe de mim,
Não quero sentir a salvação nesse momento, o ódio tomou conta de tudo.

À distância me distancia do que quero que não fique a distância,
Não quero explicar nada a ninguém nem peço que ninguém me explique nada,
Tem coisas que não precisam de palavras, só do silêncio conveniente...
Viver sem propósito é fugir da responsabilidade que o universo me propôs,
E propor na covardia que nada aconteça que me tire da caminhada,
É querer que tudo seja desigual ao meu destino, que tudo fuja ao que é certo.
Sem mais apreço, não tenho mais interesse no seu preço,
Não preciso mais que me reconheça, minha presença não é mais a preferida.
Estou certo que a vida cobra muito mais caro do que quero pagar,
Ou do que posso pagar sem ao menos saber se tenho o valor,
Muita revolta nem sempre precisa de um motivo aparente.
Só quer mostrar que preciso agir de alguma forma diferente,
Que quero ser ouvido, reconhecido, restabelecido.
Só quer que eu  viva mais em mais corações dispersos.
Que eu seja grande dentro da minha pequenez,
Seja gigante diante da minha inutilidade e insensatez,
Meu mundo tem que ser menos imundo e mais sobre o mundo,
Tento ser alguém numa sociedade que não reconhece a ninguém,
Tento ser e só consigo pensar em ter... Mais e sempre muito mais.
Pode esperar que minha  guerra só começou,
Não adianta se dissipar, do velho sonho quero despertar,
Sem magoas quero a paz encontrar,
E sem dizer nada não tenho tempo para acabar...
Acabou.

Carlos de Carvalho- 20/06/2014

domingo, 7 de junho de 2015

Faz de Mim II


Faz de mim II

Faz de mim sua lua venerada.
Sua cobra envenenada no seu próprio veneno.
Faz de mim alguém que você nunca pode amar.
Mas faz parte do seu desejo que você não consegue dissipar.
Faz de mim seu mago envolto em místicas e mistérios.
Preso em sua alma dualística.
Amarrado no seu sonho mais ideal.
Faz de mim seu real ilusionista.

Faz de mim um amor já bem distante.
Que ainda sente nesse instante.
Um medo de querer de volta.
Um medo de viver em volta.

Faz de mim um tempo que já não existe.
Uma lembrança já muito esquecida.
Uma memória que ficou escrita.
Faz de mim um mel que hoje é mais doce.
Um fel que perdeu o gosto.

Faz de mim o seu mais nobre recomeço.
O seu fim mais glorioso.
Sua eternidade com todo sossego.
Me entregue em sua eterna devoção.

Faz de mim o que eu sempre faço de você.
Que sempre me mata de prazer.
E me renasce no amor.
Faz de mim  o que eu faço com você.

Amor.

Poeta Carlos de Carvalho

Apaixonados

Apaixonados.

Qualquer dia desses nos apaixonamos.
Nos entregamos até sem querer se entregar.
Nos beijamos como que por impulso.
Sem razão ou questão, apenas nos queremos.
Apenas queremos sentir o que o outro sente.
Quando nos apaixonarmos e a razão pedir para desistir...
Não escute a voz da razão, ouça o coração.
E o coração insistir para que lute, para que ame...
Lute pelo seu amor, ame sem pudor, se entregue.
Atenda ao coração pois é ele quem bate para você existir...
E  não a razão,
 E não há razão para querer fugir, é inútil.
 Entre o sorriso e o sonho existe um encantamento,
Nesse encantamento surge um espaço chamado felicidade.
E para que a felicidade se torne realidade...
Eu preciso sempre estar ao seu lado, te sentindo, te amando.
Te sorrindo e te buscando. Te querendo sempre.
O meu sorriso é a manifestação dos meus lábios,
Quando meus olhos encontram o que meu coração procura...
Você.
Ti amo.




Carlos de Carvalho

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Cantiga de amor.



Cantiga de amor

Perguntar-vos, quero por Deus,
Senhora formosa que fizeste mulher que me sangra o peito,
Mesurada e bem prendada, nunca imaginavas o tormento que me causas.
Que pecados foram os meus?
Que nunca me tevês por bom, que nunca me fizeste um bem?
Entretanto, sempre aos teus pés soube te amar,
Desde os primórdios que a vi, mais que meus olhos podiam sentir,
E assim, Deus, quis me orientar por quem nunca me destes um bem,
Nunca me vistes como bom.
Desde os primórdios que a vi, sempre o amor maior te desprendi,
Mais do que pudesses suportar, mais do que tu pudesses querer.
Eu te desejei com todo meu ardor e poder,
E espero que os deuses do amor te tragam para meu prazer.
Suspiras um clamor de desejo ardente,
Mas se enveredas por caminhos inatingíveis.
Senhora, que no amor me faz vencido,
Que me tinges a alma da cor da ternura,
E me eleva à estase da paixão com seu olhar volúvel e sutil.
Senhora, que me enganas que domino, mas que não passo de cordeiro.
Me fazes sorrir, me fazes chorar e mesmo assim se afasta para não me amar.
Mulher, que se inflama em meus sonhos,
E me acorda em pesadelos de erotismo.
Dama que me sugas todas as forças e me põem ao bagaço,
Me deixa sem traços e não se demora em se esvair.
Senhora, eu me procuro em mim, mas sei que só estou em ti,
E sei que também não me queres até o fim.
Sei que seu amor me é inatingível,
que por ser proibido fechou-se enfim.
( Carlos de Carvalho)


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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Tem dia que dá uma volta... Ou reviravolta.


Vou me enganar depois de tudo mais uma vez,
Dizendo que te amo mesmo que penses às vezes ser diferente.
 Como se não te amasse sempre, com fervor e displicência.
Vou fingir que sofro iludindo nossa  alegria,
Vou te querer por perto, mesmo que queira ficar longe.
Minha mão busca a sua e não consegue pegá-la,
Que pesadelo não te senti-la tão perto.

 Há quem duvide, mas a amo por todo o mundo!
Algumas vezes eu a amo ter  muito de perto,
Outros momentos eu te amo…  sem  evitar,
Outros eu  amo bem longe de tudo que me deixa de longe…
 E tem aqueles olhares que eu amaria nunca ter percebido.
Às vezes éramos sem começo, perdidos...
Às vezes sem meio, sem fim, sem rumo.
Enfim, sem solução, sem motivo, sem ação.
Amamos somente pelo prazer de amar.

Eu gosto de você sempre mesmo assim,
Porque gostar nem sempre faz sentido para mim.
Eu não faço a menor ideia por que te querer tanto assim
Nem consigo pensar em como esperar você me querer tanto.
Porque se eu esperar muito, talvez você não me queira esperando.

Amar dói tanto uma dor que não dói mais em sentimento,
 Como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria.
Cicatriza a alma não mais fere o coração.
Não suaviza o sofrimento, mas caleja a alma.
Não cumpre o combinado e foge  do acordado.

Tenho em ti o que procuro em mim,
Amo em ver-te próximo bem perto daqui,
No meu peito, seu rosto repousa enfim.
Quero sempre bem perto seu amor sempre aqui..


(Carlos de Carvalho-21-06-14)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Apaixonados

Qualquer dia desses nos apaixonamos.

Nos entregamos até sem querer se entregar.

Nos beijamos como que por impulso.

Sem razão ou questão, apenas nos queremos.

Apenas queremos sentir o que o outro sente.

Quando nos apaixonarmos e a razão pedir para desistir...

E o coração insistir para que lute, para que ame...

Lute pelo seu amor, ame sem pudor, se entregue.

Atenda ao coração pois é ele quem bate para você existir...

E não a razão,

E não há razão para querer fugir, é inútil.

Entre o sorriso e o sonho existe um encantamento,

Nesse encantamento surge um espaço chamado felicidade.

E para que a felicidade se torne realidade...

Eu preciso sempre estar ao seu lado, te sentindo, te amando.

Te sorrindo e te buscando. te querendo sempre.

O meu sorriso é a manifestação dos meus lábios ,

Quando meus olhos encontram o que meu coração procura...

Você.

Ti amo.


Carlos de Carvalho

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Não importa o que fizeram com você



Boa noite galera,


Bom mesmo é o que diz Sartre

“Não importa o que fizeram com você, o que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.

Vamos aproveitar a maldade que nos fazem e plantemos nosso jardim.
Sem jardim não tem primavera, nem tem flores...
As folhas não forram nossas calçadas,
Tudo foge de mim como as borboletas fogem do capim.
Tem momentos que sou assim, meio longe e meio sem fim,

Momentos que parecem o fundo da caverna,
Onde me escondo e não quero nada daqui nem dali,
Quero a solidão das palavras e o murmúrio da boca fechada,
Nem sempre o ideal é ficar ao meu lado...
A revolta pode se revoltar contra você, fique longe de mim,
Não quero sentir a salvação nesse momento, o ódio tomou conta de tudo.

À distância me distancia do que quero que não fique a distância,
Não quero explicar nada a ninguém nem peço que ninguém me explique nada,
Tem coisas que não precisam de palavras, só do silêncio conveniente...
Viver sem propósito é fugir da responsabilidade que o universo me propôs,
E propor na covardia que nada aconteça que me tire da caminhada,
É querer que tudo seja desigual ao meu destino, que tudo fuja ao que é certo.
Sem mais apreço, não tenho mais interesse no seu preço,
Não preciso mais que me reconheça, minha presença não é mais a preferida.
Estou certo que a vida cobra muito mais caro do que quero pagar,
Ou do que posso pagar sem ao menos saber se tenho o valor,

Muita revolta nem sempre precisa de um motivo aparente.
Só quer mostrar que preciso agir de alguma forma diferente,
Que quer ser ouvido, reconhecido, restabelecido.

Só quer que eu  viva mais em mais corações dispersos.
Que eu seja grande dentro da minha pequenez,
Seja gigante diante da minha inutilidade e insensatez,
Meu mundo tem que ser menos imundo e mais sobre o mundo,

Tento ser alguém numa sociedade que não reconhece a ninguém,
Tento ser e só consigo pensar em ter... Mais e sempre muito mais.
Pode esperar que minha  guerra só começou,
Não adianta se dissipar, do velho sonho quero despertar,
Sem magoas quero a paz encontrar,
E sem dizer nada não tenho tempo para acabar...
Acabou.


Até a próxima,

Carlos de Carvalho- 20/06/2014