domingo, 7 de junho de 2015

Faz de Mim II


Faz de mim II

Faz de mim sua lua venerada.
Sua cobra envenenada no seu próprio veneno.
Faz de mim alguém que você nunca pode amar.
Mas faz parte do seu desejo que você não consegue dissipar.
Faz de mim seu mago envolto em místicas e mistérios.
Preso em sua alma dualística.
Amarrado no seu sonho mais ideal.
Faz de mim seu real ilusionista.

Faz de mim um amor já bem distante.
Que ainda sente nesse instante.
Um medo de querer de volta.
Um medo de viver em volta.

Faz de mim um tempo que já não existe.
Uma lembrança já muito esquecida.
Uma memória que ficou escrita.
Faz de mim um mel que hoje é mais doce.
Um fel que perdeu o gosto.

Faz de mim o seu mais nobre recomeço.
O seu fim mais glorioso.
Sua eternidade com todo sossego.
Me entregue em sua eterna devoção.

Faz de mim o que eu sempre faço de você.
Que sempre me mata de prazer.
E me renasce no amor.
Faz de mim  o que eu faço com você.

Amor.

Poeta Carlos de Carvalho

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